Por Mundo Vestibular
Qual a fórmula para acertar na escolha da carreira? Ninguém sabe ao certo, mas uma variável que tem um peso cada vez maior nessa fórmula é a remuneração do profissional.
Ninguém quer fazer um investimento de retorno baixo e a formação profissional com certeza é um investimento alto, que toma muito tempo e dinheiro. Como todo investimento, as pessoas hoje tendem a minimizar o risco procurando se informar sobre a demanda de mercado do profissional formado em determinada carreira e sobre o salário potencial.
Vestibulandos hoje em dia trocam a carreira dos sonhos por uma semelhante mas que seja mais estável financeiramente e normalmente são apoiados por seus familiares. Os analistas de RH, no entanto, chamam atenção para o fato de que sem vocação e competência, por melhor que seja a formação acadêmica, o profissional pode não conseguir o nível de salário esperado. A escolha por uma carreira com tradição de salários altos não garante nada ao aluno.
Além de competência, o profissional não deve nunca parar de estudar. Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em 2009, dos brasileiros em idade ativa que nunca tiveram mais do que um ano de estudo, 60% estão trabalhando, enquanto 91% dos brasileiros que estudaram mais de 18 anos tem emprego. O salário de quem estudou mais também é mais alto, cada ano de estudo corresponde a um acréscimo de 15% no fim do mês. Esses dados confirmam que uma graduação é apenas um passo, cursos de pós graduação devem ser uma meta de profissionais que visam o crescimento de responsabilidades e remuneração.
Segundo a mesma FGV, atualmente no Brasil os profissionais mais bem pagos são os juízes e desembargadores, formados em direito. Porém, para alcançar esses cargos, é preciso passar por um concurso muito concorrido, são mais de mil concorrentes por vaga, exigindo experiência prévia e cada título obtido pelo concorrente conta pontos, logo um candidato com pós graduação sai na frente. O salário médio desses profissionais é de R$ 13.956,00 considerando todo o país.
Abaixo desses profissionais, vem o seguinte ranking:
Medicina (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 8.966,07
Administração (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 8.012,10
Direito (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 7.540,79
Ciências econômicas e contábeis (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 7.085,24
Engenharia (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 6.938,39
Medicina (graduação) - Salário médio: R$ 6.705,82
Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 5.349,96
Geologia (graduação) - Salário médio: R$ 5.285,77
Militar - Salário médio: R$ 5.039,14
Ciências agrárias (mestrado ou doutorado) - Salário médio: R$ 5.028,37
Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV) - Dados obtidos considerando o país como um todo e não apenas em uma análise regional. Mais de quinze mil pessoas com mais de 20 anos foram entrevistadas para obtenção dos resultados.
Uma outra pesquisa feita pela mesma instituição listou também a perspectiva de profissões que estarão em alta em 2012. A seguir, temos esse outro ranking:
Engenheiro de grandes obras de infraestrutura - Investimento em estradas e grandes estradas; foco no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e na Copa do Mundo.
Engenheiro mecânico ou do mercado de óleo e gás - Construção de turbinas e equipamentos rotativos para gerar energia nas sondas de petróleo.
Engenheiro de meio ambiente ou de mercado de energias renováveis - Demanda em função do ritmo acelerado do pré-sal.
Gerente de auditoria ou compliance - Cumprimento de normas legais, políticas e diretrizes estabelecidas pelo negócios e provisão de informações gerenciais relevantes para a tomada de decisões.
Gerente de Recursos Humanos ou Business Partner (RH) - Suporte a todas as necessidades da área: recrutamento e seleção, treinamento, desenvolvimento e projetos específicos.
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