terça-feira, 8 de maio de 2012

O que ele vai ser quando crescer?

Claro que basta você ter um filho para começar a imaginar todo o futuro dele. No Dia do Trabalho, aprenda como ajudá-lo de verdade para que ele faça uma boa escolha mais tarde

Cintia Marcucci

É uma das perguntas mais comuns que se ouve na infância: "O que você quer ser quando crescer?" Você mesmo já deve ter feito essa pergunta para muitas crianças, mesmo que só com a intenção de começar um papo, criar intimidade. Será que ele vai ser médico? Advogado? Estilista? Comandar uma empresa? Ou vai seguir um rumo mais artístico e ter muitos fãs? Para comemorar o 1o de maio de um jeito diferente, a CRESCER mostra para você que incentivar e observar é bom, mas sem exageros.

Se o seu filho já tem alguns anos, mesmo que bem poucos, você já deve ter olhado o jeito que ele brinca e pensado que ele tem talento para isso ou aquilo. Só que, mais importante do que apenas investir nessa habilidade, é deixar que ele fique livre para conhecer ainda mais. “Os pais precisam dar espaço, liberdade e condições para que os filhos, desde cedo, descubram coisas e, a partir desse repertório, expressem o que gostam e o que não gostam”, diz a psicóloga Patrícia Spada, de São Paulo.

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A especialista conta que o grande problema é quando os pais depositam nos filhos suas próprias expectativas, ou de que eles sejam iguais a eles por estarem felizes com suas carreiras ou de que façam algo oposto, pois acham que não fizeram uma boa opção. Essa ansiedade de que tudo dê certo para as crianças é que pode atrapalhar o desenvolvimento delas.

Mas você pode, sim, ajudá-lo. Se perceber que ele se interessa por algo que tenha mais a ver com ciências ou artes, por exemplo, pergunte se ele quer ler mais sobre aquilo, ir a algum museu, uma exposição. “Os pais precisam respeitar os talentos naturais, mas deixar os filhos pensarem por si. E saber que os talentos podem ser desenvolvidos ao longo da vida, não precisam necessariamente aparecer e desabrochar na infância”, explica Patrícia.

E é bom sempre ter em mente que não há idade certa ou limite para definir uma profissão. Muitos adultos, afinal, decidem mudar depois de um tempo e não há problema algum nisso. O importante é que seu filho tenha experiências diversas e possa descobrir e decidir sozinho quando for chegada a hora, o que ainda deve demorar um pouquinho, não é mesmo?

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