domingo, 22 de abril de 2012

Diversão pré-histórica

Não é todo dia que se pode voltar 250 milhões de anos no tempo. É a viagem proposta pela exposição "Mundo Jurássico", que abre hoje (sexta-feira) no Natal Shopping, e ficará  cerca de um mês na capital potiguar. Um trecho de 1.600 metros quadrados do estacionamento do local foi preparado para receber a mostra, que reproduz com som, movimento e imagem cenários dos tempos em que os grandes lagartos dominavam a Terra. Os dinossauros estarão presentes em réplicas móveis, numa ambientação que revive a época em que viveram. O público poderá interagir, brincar e se informar. A era Mesozóica é aqui.
Divulgação

Os répteis robôs de 13 espécies diferentes de dinossauros se movimentam e emitem sons

"Mundo Jurássico" teve origem há dez anos no México - não por acaso, o berço da paleontologia - e há três veio para o Brasil, percorrendo o país (já são mais de 20 capitais) com sua bagagem tecnológica e histórica. O material apresentado usa alta tecnologia norte-americana, nos mesmos moldes dos parques temáticos da Disney. "Os dinossauros povoam o imaginário popular há tempos. São animais que assustam e fascinam ao mesmo tempo, e sempre rendem boas histórias", diz Lúcio Oliveira, coordenador da exposição no Brasil. Ele menciona o sucesso "Jurassic Park", de Spielberg (baseado no best-seller homônimo de Michael Crichton),  e até mesmo a novela "Morde e Assopra", da Globo. Provas de que os dinossauros são 'pop' por natureza.

O cenário que reproduz o habitat natural selvagem do período Mesozóico é uma selva por onde se espalham 13 espécies diferentes  de dinossauros. Os répteis robôs são de tamanho natural, se movimentam e emitem sons. Os visitantes poderão ver feras como o temido Tiranossauro Rex, Dilofossauro, Apatossauro, Deinonico, Tricerátops, Gallimimus, Anquilossauro, Kritossauro, Euplocéfalo, Iguanodonte, Alossauro, Braquiossauro, e o Paquicefalossauro. O trabalho de produção do parque envolve técnicos especialistas em montagens de cenários cinematográficos, cenógrafos, museólogos e arquitetos.

O coordenador ressalta o fato de a mostra possuir total apuro científico, técnico e didático, e mesmo assim ser uma experiência  divertida. "Não é uma exposição sisuda, como a de um museu comum. As pessoas se informam, mas ao mesmo tempo podem interagir e brincar com os robôs", ressalta Lúcio Oliveira. A visita ao Mundo Jurássico pode ser por partes. No primeiro ambiente, uma introdução preparatória com vídeos, guias treinados, totens ilustrativos e textos informativos. Uma preparação para que a pessoa possa conhecer melhor o que virá pela frente.

No segundo ambiente, as pessoas são apresentadas a fósseis e ossadas originais dos dinos. "Estamos trazendo exemplares cedidos pelo Museu de História Nacional do Rio de Janeiro, o maior de paleontologia da América Latina", ressalta Lúcio Oliveira. No mesmo local estão os robôs dinossauros, impressionantemente reais aos olhos do público, mas inofensivos - felizmente. E por fim, há uma área interativa onde as pessoas podem participar de várias formas da exposição. Há jogos, simulações de escavações, loja de lembranças, fotos exclusivas. A criançada (e adultos também, claro) podem montar os dinossauros para fotografar ou comandar seus movimentos através de joysticks.

O mundo pré-histórico se propõe a ser descoberto pelo visitante moderno. "A gente faz com que as pessoas se sintam expedicionárias numa aventura arqueológica, são aventureiros em busca do conhecimento", afirma Lúcio Oliveira. Não à toa, a exposição conta com o aval técnico do renomado paleontólogo Alexander Kellner, que tem diversos livros publicados sobre o assunto e estará em Natal para falar sobre o assunto. A data ainda não foi confirmada. Mas ele já opinou sobre a mostra: "O diferencial da exposição é trazer o dinossauro à vida!". Palavra de quem convive de perto com os lagartos. 

PROJETO ESCOLA

A produção do evento Mundo Jurássico irá proporcionar visitas monitoradas para as escolas e grupos independentes. Com preços especiais e em horários específicos, as escolas interessadas em proporcionar aos seus alunos esse passeio, que é uma verdadeira extensão de uma aula de história, poderão agendar suas visitas. Conciliar a educação às diversas linguagens culturais (teatro, cinema, circo, tour turístico) é mais do que proporcionar acesso a determinada expressão, são possibilidades de estabelecimento de relação do aprendizado com a emoção.

Serviço: Mundo Jurássico. Estacionamento do Natal Shopping. Abertura: 20/04, com temporada de aproximadamente um mês. Horários: de terça a sábado, das 14 às 22h, e domingos das 14 às 20h. Preços: R$30/15 (terça a sexta) e R$40/20 (sábados, domingos e feriados).

OS DINOSSAUROS DO MUNDO JURÁSSICO

- Tiranossauro Rex: Seu nome significa "réptil rei tirano", por ter sido considerado um dos maiores predadores que existiram no mundo pelos seus descobridores. Um adulto poderia medir até 6 metros de altura. Viveu na América do Norte;

-   Dilofossauro: Nome significa "réptil com duas cristas" devido a crista em forma de "V" presente no topo de sua cabeça. Era carnívoro, mas as suas mandíbulas eram muito fracas, possivelmente se alimentava de pequenos animais ou de animais mortos;

-  Apatossauro: Nome significa "réptil enganoso", por já ter sido confundido com o brontossaur. Era herbívoro, chegava a medir 35 metros de comprimento e ter 30 toneladas;

-  Deinonico: Nome significa "garra terrível", devido a grande garra em forma de foice que existia no segundo dedo de seus pé. Tinha 1,80m de altura e, possivelmente, penas;

-  Tricerátops: Nome significa "rosto com 3 chifres", devido a presença de três chifres. Era herbívoro e se alimentava de vegetação rasteira. Tinha um bico semelhante a de um papagaio que ajudava a cortar plantas mais resistentes;

-  Gallimimus: Nome significa "réptil imitador de galinha", devido a semelhança do seu esqueleto com os das aves, em especial o dos avestruzes modernos, fazendo com sejam conhecidos como "dinossauros avestruz";

-  Anquilossauro: Seu nome significa "réptil fusionado" devido a sua aparência maciça. Era quadrúpede, com 11 metros de comprimento;

-  Kritossauro: Significa  "réptil separado", por ter sido encontrado na região onde seu nariz estava fragmentado. Sua crista possivelmente apresentava pele de cada lado, cuja função seria  resfriar o ar inalado ou ajudar a emitir determinados tipos de ons;

-  Euplocéfalo: Nome significa "cabeça completamente bem protegida". Grande parte de seu corpo era coberto com uma armadura, semelhante a dos tatus e armadilhos modernos;

- Iguanodonte: Nome significa "dente de iguana", porque os dentes são muito similares aos dos répteis iguanas que existem no mundo atual. Foi um dos primeiros dinossauros a ser reconhecidos pela ciência;

-  Alossauro: Nome significa "réptil diferente". Era carnívoro e predador. No topo da cabeça tinha um série de protuberâncias e chifres, que os cientistas acham que, em vida, deveriam ter uma cor bem forte quando o animal atingia a idade adulta;

-  Braquiossauro: Nome significa "réptil braço", devido a diferença de tamanho entre os braços (maiores) e as pernas ( menores). Usava seu pescoço longo para se alimentar de folhas nas copas de árvores muito altas, similar às girafas dos dias atuais;

- Paquicefalossauro: Nome significa "réptil de cabeça espessa ou grossa". Apresentava pequenos chifres no focinho, nas bochechas e em volta do domo da cabeça.

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