sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção



Profa. Regina.

Subsídio para a aula de campo em Fortaleza-Ceará.
Fonte: http://pt.wikipedia.org


A Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção localiza-se à margem esquerda da foz do riacho Pajeú, sobre o monte Marajaitiba, na cidade de Fortaleza, no litoral do Estado brasileiro do Ceará. Atualmente abriga a sede da 10ª Região Militar do Exército Brasileiro.

A primitiva estrutura no local da atual fortaleza remonta à época da segunda das Invasões holandesas do Brasil, erguida em 1649 por neerlandeses: o Forte Schoonenborch. Com a expulsão dos invasores, a Coroa Portuguesa tomou posse da fortificação, rebatizando-a como Forte de Nossa Senhora da Assunção.

A Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção

Desmoronado o Forte de Nossa Senhora da Assunção (1812), o governador da então Província do Ceará, Manuel Inácio de Sampaio e Pina Freire, deu início, no local, a uma nova estrutura para a defesa daquela Capital. A pedra fundamental foi lançada a 12 de outubro de 1812, em homenagem ao aniversário do "sereníssimo Senhor Príncipe da Beira, o senhor D. Pedro de Alcântara".

A planta, de autoria do Tenente-coronel Engenheiro António José da Silva Paulet, que dirigiu a sua construção, apresenta a forma de um quadrado com 90 metros de lado, com baluartes nos vértices, sob a invocação, respectivamente, de Nossa Senhora da Assunção (nordeste), São José (sudeste), Dom João (noroeste) e Príncipe da Beira (sudoeste). 

Artilhada inicialmente com cinco peças, foi custeada com fundos públicos (20:362$390 réis) e doações particulares (16:113$267 réis), afora doações de materiais e serviços, de voluntários e de escravos. GARRIDO reporta que, em 1816, a fortaleza encontrava-se artilhada com vinte e sete peças.

Uma lápide comemorativa, colocada na muralha externa Norte quando da inauguração da fortaleza, reza, em latim:

    "Informem montem me derisere carinae, Nunc arcem magnum respectu pavescunt:
    Hic me Sampaius, sexto regnante Joanne,
    Fundavit pulchram; Pauleti refulget.
    Armis me fortem civilia dona
    Muris me fortem reddunt stipendia Regis."

    "Ano de 1817. As naus escarneciam de mim quando eu era um monte informe: agora que sou uma grande fortaleza, de longe tomam-se de respeito. Aqui, reinando D. João VI, Sampaio me fundou bela, o engenho de Paulet resplandece. Os donativos dos cidadãos me tornaram forte pelas muralhas, e dos dispêndios reais me fazem forte pelas armas."

O mesmo autor indica que, à época (1958), essa lápide se encontrava no Museu do Estado do Ceará.
No contexto da Revolução Pernambucana de 1817, numa das celas desta fortificação esteve detida Bárbara de Alencar, líder revolucionária em Crato, no Ceará, considerada localmente como a primeira prisioneira política da História do Brasil.

Em 1821, o Governador Francisco Alberto Rubim solicitou 200$000 réis para a conclusão de suas obras, o que ocorreu no ano seguinte (17 de agosto de 1822).[7] BARRETTO (1958) informa que a sua artilharia foi aumentada para trinta e uma peças de diferentes calibres a partir de 1829.


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