Profa. Regina.
Subsídio para a aula de campo em Fortaleza-Ceará.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
A Fortaleza de Nossa Senhora da
Assunção localiza-se à margem esquerda da foz do riacho Pajeú, sobre o monte
Marajaitiba, na cidade de Fortaleza, no litoral do Estado brasileiro do Ceará.
Atualmente abriga a sede da 10ª Região Militar do Exército Brasileiro.
A primitiva estrutura no local da
atual fortaleza remonta à época da segunda das Invasões holandesas do Brasil,
erguida em 1649 por neerlandeses: o Forte Schoonenborch. Com a expulsão dos
invasores, a Coroa Portuguesa tomou posse da fortificação, rebatizando-a como
Forte de Nossa Senhora da Assunção.
A Fortaleza de Nossa
Senhora da Assunção
Desmoronado o Forte de Nossa
Senhora da Assunção (1812), o governador da então Província do Ceará, Manuel
Inácio de Sampaio e Pina Freire, deu início, no local, a uma nova estrutura
para a defesa daquela Capital. A pedra fundamental foi lançada a 12 de outubro
de 1812, em homenagem ao aniversário do "sereníssimo Senhor Príncipe da
Beira, o senhor D. Pedro de Alcântara".
A planta, de autoria do
Tenente-coronel Engenheiro António José da Silva Paulet, que dirigiu a sua
construção, apresenta a forma de um quadrado com 90 metros de lado, com
baluartes nos vértices, sob a invocação, respectivamente, de Nossa Senhora da
Assunção (nordeste), São José (sudeste), Dom João (noroeste) e Príncipe da
Beira (sudoeste).
Artilhada inicialmente com cinco
peças, foi custeada com fundos públicos (20:362$390 réis) e doações
particulares (16:113$267 réis), afora doações de materiais e serviços, de
voluntários e de escravos. GARRIDO reporta que, em 1816, a fortaleza
encontrava-se artilhada com vinte e sete peças.
Uma lápide comemorativa, colocada na muralha externa Norte
quando da inauguração da fortaleza, reza, em latim:
"Informem montem me
derisere carinae, Nunc arcem magnum respectu pavescunt:
Hic me Sampaius, sexto
regnante Joanne,
Fundavit pulchram; Pauleti
refulget.
Armis me fortem civilia dona
Muris me fortem reddunt
stipendia Regis."
"Ano de 1817. As naus
escarneciam de mim quando eu era um monte informe: agora que sou uma grande
fortaleza, de longe tomam-se de respeito. Aqui, reinando D. João VI, Sampaio me
fundou bela, o engenho de Paulet resplandece. Os donativos dos cidadãos me
tornaram forte pelas muralhas, e dos dispêndios reais me fazem forte pelas
armas."
O mesmo autor indica que, à época (1958), essa lápide se
encontrava no Museu do Estado do Ceará.
No contexto da Revolução
Pernambucana de 1817, numa das celas desta fortificação esteve detida Bárbara
de Alencar, líder revolucionária em Crato, no Ceará, considerada localmente
como a primeira prisioneira política da História do Brasil.
Em 1821, o Governador Francisco
Alberto Rubim solicitou 200$000 réis para a conclusão de suas obras, o que
ocorreu no ano seguinte (17 de agosto de 1822).[7] BARRETTO (1958) informa que
a sua artilharia foi aumentada para trinta e uma peças de diferentes calibres a
partir de 1829.
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