Para evitar passar adiante algo que verdadeiramente fará mal a seus amigos e parentes, o usuário pode verificar a autenticidade de certos conteúdos da rede.
Não existe pessoa no mundo que não tenha recebido por e-mail uma destas mensagens ou se dado ao trabalho de lê-la, na íntegra, ao menos uma vez. São abaixo-assinados, alertas de crimes ou perigos iminentes, correntes, falsas mensagens bancárias, malas diretas ou pirâmides. É o mal que povoa a internet e nossas caixas de e-mail roubando nosso tempo e paciência.
Um dos alertas, por exemplo, narra em detalhes o perigo de ser paquerado na rua por uma bela mulher e, algumas horas depois, acabar com ela num motel. Esse sonho de consumo acabaria, segundo a corrente recebida, com o incauto desmaiado numa banheira com água gelada e um alerta para não sair dali, uma vez que os rins da vítima haviam sido retirados para transplante.
Sempre acompanhadas de frases afirmativas como “vamos alertar a todos – é sério”, “esta aconteceu no Barra Shopping”, “uma nova modalidade de roubo – muito cuidado”, “leia com atenção e avise parentes, filhos, amigos e vizinhos” ou “isto veio de fonte confiável e pode acontecer com você”, estas lendas urbanas seriam uma espécie de versão eletrônica da mula sem cabeça ou outras superstições sem sentido. Tais mensagens vêm, geralmente, em spam – de origem desconhecida – que recebemos diariamente em nossos e-mails pessoais ou de trabalho. Algumas delas utilizam programas que facilitam ou automatizam a obtenção de endereços e o envio a um grande número de destinatários. Esta mesma ferramenta é utilizada para a disseminação de spywares – vírus que invadem o computador e têm, como objetivo principal, a identificação de senhas pessoais de contas bancárias, de e-mail e outras informações pessoais, secretas e intransferíveis.
Seu amigo traz um vírus de presente
Mas nada impede que um amigo mais impressionável e bem intencionado envie o conteúdo de uma delas para que você, leitor, “não caia num novo golpe” que pode ser, por exemplo, aquele que narra a abordagem de alguém usando muletas e se aproxima com um pedaço de papel nas mãos. Logo em seguida, a “vítima” começa a se sentir mal e perde os sentidos. Pronto, a rede de mentiras acaba de inocular mais um com a droga “que está na moda no Brasil”: a burundanga ou escopolamina.
Fora do fantasioso mundo virtual, o produto butilbrometo de escopolamina, na verdade, é utilizado como um antiespasmódico que, eventualmente, e no máximo, pode causar a sensação de “boca seca”, retenção urinária ou outras pequenas reações. Ocorre que o spam é extremamente dramático e destaca que a escopolamina pode levar à “perda total do livre-arbítrio”, permitindo que criminosos transformem suas vítimas em obedientes zumbis com aparência sóbria – subordinados a esvaziar suas próprias contas bancárias e até fazer sexo com seus algozes. Tem gente que acredita e, quem sabe, chutaria as muletas do primeiro deficiente físico que lhe aparecesse pela frente.
Lendas urbanas, falsas mensagens de bancos e sites de vendas ou tentativas de envolver o usuário em correntes de doações, por exemplo, recebem o nome genérico de “hoax” e buscam explorar o lado emocional do leitor, exibindo fotos – geralmente de crianças doentes – e pedindo dinheiro para o tratamento delas. O hoax pode trazer também ameaças ao leitor ou ainda um link contendo o já citado “spyware” e um inevitável binômio de causa e consequência: “clicou, dançou”.
Para evitar passar adiante algo que verdadeiramente fará mal a seus amigos e parentes, o usuário pode verificar a autenticidade de certos conteúdos da rede. O endereço http://www.symantec.com é mantido pelo fabricante do antivírus Norton e informa sobre novos e falsos vírus e hoax na rede. Função semelhante tem o brasileiro http://www.quatrocantos.com que revela ainda dicas simples para identificar uma mensagem ou link falsos. Uma delas, por exemplo, sugere que se passe a seta do mouse sobre o link “oferecido” pelo remetente e verificar se coincide com o da verdadeira instituição. Se for diferente ou utilizar serviço de provedor gratuito você acaba de descobrir que recebeu uma mensagem falsa. O Quatrocantos destaca também os mais recentes “lançamentos” do mundo do mal, como os e-mails “Não atenda o 9965-0000: o seu telefone será clonado” e “Suco de limão com bicarbonato de sódio cura o câncer” embora disfarçados de prestação de serviço, são, na verdade, os novos vírus da dor de ouvido e do amargor do estômago, respectivamente.
Outra modalidade de hoax traz textos medíocres – e pretensamente intelectualizados – atribuídos a Arnaldo Jabor, Carlos Drummond de Andrade, João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Veríssimo, Ricardo Boechat ou Zuenir Ventura. Apesar do aspecto inofensivo deste formato, ele traz uma droga perigosa que rouba o que você tem de mais precioso: o seu tempo. E cuidado: alguns conteúdos são tão ruins que podem causar transtornos à inteligência e à paciência. Tais mensagens trazem ainda um grande mistério: por que seus autores perderam tanto tempo redigindo para entregar os direitos autorais a alguém que eles mal conhecem?
Não existe pessoa no mundo que não tenha recebido por e-mail uma destas mensagens ou se dado ao trabalho de lê-la, na íntegra, ao menos uma vez. São abaixo-assinados, alertas de crimes ou perigos iminentes, correntes, falsas mensagens bancárias, malas diretas ou pirâmides. É o mal que povoa a internet e nossas caixas de e-mail roubando nosso tempo e paciência.
Um dos alertas, por exemplo, narra em detalhes o perigo de ser paquerado na rua por uma bela mulher e, algumas horas depois, acabar com ela num motel. Esse sonho de consumo acabaria, segundo a corrente recebida, com o incauto desmaiado numa banheira com água gelada e um alerta para não sair dali, uma vez que os rins da vítima haviam sido retirados para transplante.
Sempre acompanhadas de frases afirmativas como “vamos alertar a todos – é sério”, “esta aconteceu no Barra Shopping”, “uma nova modalidade de roubo – muito cuidado”, “leia com atenção e avise parentes, filhos, amigos e vizinhos” ou “isto veio de fonte confiável e pode acontecer com você”, estas lendas urbanas seriam uma espécie de versão eletrônica da mula sem cabeça ou outras superstições sem sentido. Tais mensagens vêm, geralmente, em spam – de origem desconhecida – que recebemos diariamente em nossos e-mails pessoais ou de trabalho. Algumas delas utilizam programas que facilitam ou automatizam a obtenção de endereços e o envio a um grande número de destinatários. Esta mesma ferramenta é utilizada para a disseminação de spywares – vírus que invadem o computador e têm, como objetivo principal, a identificação de senhas pessoais de contas bancárias, de e-mail e outras informações pessoais, secretas e intransferíveis.
Seu amigo traz um vírus de presente
Mas nada impede que um amigo mais impressionável e bem intencionado envie o conteúdo de uma delas para que você, leitor, “não caia num novo golpe” que pode ser, por exemplo, aquele que narra a abordagem de alguém usando muletas e se aproxima com um pedaço de papel nas mãos. Logo em seguida, a “vítima” começa a se sentir mal e perde os sentidos. Pronto, a rede de mentiras acaba de inocular mais um com a droga “que está na moda no Brasil”: a burundanga ou escopolamina.
Fora do fantasioso mundo virtual, o produto butilbrometo de escopolamina, na verdade, é utilizado como um antiespasmódico que, eventualmente, e no máximo, pode causar a sensação de “boca seca”, retenção urinária ou outras pequenas reações. Ocorre que o spam é extremamente dramático e destaca que a escopolamina pode levar à “perda total do livre-arbítrio”, permitindo que criminosos transformem suas vítimas em obedientes zumbis com aparência sóbria – subordinados a esvaziar suas próprias contas bancárias e até fazer sexo com seus algozes. Tem gente que acredita e, quem sabe, chutaria as muletas do primeiro deficiente físico que lhe aparecesse pela frente.
Lendas urbanas, falsas mensagens de bancos e sites de vendas ou tentativas de envolver o usuário em correntes de doações, por exemplo, recebem o nome genérico de “hoax” e buscam explorar o lado emocional do leitor, exibindo fotos – geralmente de crianças doentes – e pedindo dinheiro para o tratamento delas. O hoax pode trazer também ameaças ao leitor ou ainda um link contendo o já citado “spyware” e um inevitável binômio de causa e consequência: “clicou, dançou”.
Para evitar passar adiante algo que verdadeiramente fará mal a seus amigos e parentes, o usuário pode verificar a autenticidade de certos conteúdos da rede. O endereço http://www.symantec.com é mantido pelo fabricante do antivírus Norton e informa sobre novos e falsos vírus e hoax na rede. Função semelhante tem o brasileiro http://www.quatrocantos.com que revela ainda dicas simples para identificar uma mensagem ou link falsos. Uma delas, por exemplo, sugere que se passe a seta do mouse sobre o link “oferecido” pelo remetente e verificar se coincide com o da verdadeira instituição. Se for diferente ou utilizar serviço de provedor gratuito você acaba de descobrir que recebeu uma mensagem falsa. O Quatrocantos destaca também os mais recentes “lançamentos” do mundo do mal, como os e-mails “Não atenda o 9965-0000: o seu telefone será clonado” e “Suco de limão com bicarbonato de sódio cura o câncer” embora disfarçados de prestação de serviço, são, na verdade, os novos vírus da dor de ouvido e do amargor do estômago, respectivamente.
Outra modalidade de hoax traz textos medíocres – e pretensamente intelectualizados – atribuídos a Arnaldo Jabor, Carlos Drummond de Andrade, João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Veríssimo, Ricardo Boechat ou Zuenir Ventura. Apesar do aspecto inofensivo deste formato, ele traz uma droga perigosa que rouba o que você tem de mais precioso: o seu tempo. E cuidado: alguns conteúdos são tão ruins que podem causar transtornos à inteligência e à paciência. Tais mensagens trazem ainda um grande mistério: por que seus autores perderam tanto tempo redigindo para entregar os direitos autorais a alguém que eles mal conhecem?
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