sexta-feira, 3 de maio de 2013

Severino Rodrigues: Uma história de vida

Nesta manhã (29/04) tive uma agradável surpresa ao ver o irmão Severino Rodrigues tirando lindos acordes de um violão. Quando perguntei onde aprendera a tocar o instrumento, relatou orgulhoso que fora com seu pai.
Severino Rodrigues Chaves ou irmão Severino é funcionário do Colégio Bereiano há sete anos e há mais de 20 serve ao bom Deus. Enquanto me deliciava com suas entoadas, ele expôs um pouco da sua vida.

¾     Tudo começou quando meu pai me presenteou com um cavaquinho, após algum tempo o surpreendi executando a música Brasileirinho, disse Severino com um largo sorriso no rosto.

Seu pai logo percebeu que o menino tinha “tino” para o negócio e deu as condições iniciais para que o mesmo desenvolvesse o dom. Como toda criança curiosa, não tardou para buscar novos ares. Foi numa dessas caminhadas pela praia de Areia Preta que se deparou com o professor Canindé, que ensinava violão aos garotos “ricos da cidade” e encantava seus amigos nas manhãs de sol à beira mar. “Eu ficava de olho em tudo que o mestre fazia, e quando chegava em casa ia praticar em meu violão”.

Com o passar do tempo, o irmão Severino foi desenvolvendo sua técnica e gosto musical. Numa de suas caminhadas pela cidade, parou em frente à casa do professor Adolfo. Esse senhor era um homem de posses, que morava na Cidade Alta, e um habilidoso tocador de violão. “Sempre que eu podia corria até o muro da sua casa, onde o observava tocar Dilermando Reis de uma forma bem particular”. La Cumparsita e Abismo de Rosas foram algumas das canções que aprendi de longe com o professor Adolfo.

Em minha caminhada musical, tive uma grande tristeza. Ao tentar ensinar a meu pai o que aprendera, teve uma reação violenta e quebrou meu Tonante [famosa marca de violão]. Ele não aceitou o fato de eu ter aprendido um pouco mais as técnicas musicais.

Aos vinte anos, Severino passou a tocar em algumas churrascarias [Serestas, forró etc.] da cidade. Foi também nesse período que se encontrou com Jesus. “Alguns irmãos que passavam pelo meu local de trabalho se aproximavam e me convidavam para visitar a Igreja de Farol Um [Mãe Luíza]. Naquele mesmo domingo aceitei a Jesus como meu Salvador e Senhor”, disse Severino.

Depois desse encontro, o irmão Severino deixou de se apresentar nos bares e churrascaria da cidade e passou a se dedicar totalmente à música cristã.
“Hoje tenho um grande prazer em acompanhar minha filha Jéssica no louvor da igreja e ajudar a minha esposa em seu ministério pastoral”. Após um breve momento, retirou-se da sala e, com o sorriso que lhe é característico, me desejou um bom final de semana.
Esse é o nosso querido irmão Severino.

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